quarta-feira, 27 de maio de 2015

Humanização na Atenção Básica - Foco na Saúde da Mulher



"Eu uso a palavra Enfermagem na falta de uma melhor. Ela tem sido limitada para significar pouco mais do que a administração de medicamentos e a aplicação de emplastros. Ela deve significar o uso adequado de ar fresco, luz, calor, limpeza, tranquilidade, a seleção adequada e a administração de uma dieta - tudo a menos despesa de energia vital para o paciente." (Florence Nightingale)
Humanizar significa valorizar a qualidade técnica e ética do cuidado, associada ao reconhecimento dos direitos dos usuários.

HumanizaSUS


O Sistema Único de Saúde (SUS) vem avançando ao longo dos anos, dentro desse contexto temos a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS – HumanizaSUS, que compreende como humanização a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde. Os valores que norteiam essa política são:

  • A autonomia, o protagonismo dos sujeitos e a cor-responsabilidade entre eles;
  • Os vínculos solidários;
  • A participação coletiva nas práticas de saúde. 
HumanizaSUS

Acolhimento


O destaque de concretização da politica do HumanizaSUS é o “acolhimento”, que é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a dar atenção aos que procuram os serviços de saúde, ouvindo suas necessidades – através de um escuta qualificada – e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas com os usuários. O acolhimento não é um espaço ou um local, e sim uma postura ética, não deve ter hora ou um profissional específico para fazê-lo, implica compartilhamento de saberes, necessidades, possibilidades, angústias e invenções.

Humanização e Acolhimento na Atenção Básica


A organização da atenção básica propicia encontros que podem ser produtivos entre os profissionais de saúde e entre estes e a população. Se considerar o diálogo, a convivência e a interação do que cada um traz, por meio das diversas formas de comunicação.

Os profissionais devem ser dotados de atitudes proativas que estimulem a adesão pela mulher desde as ações preventivas até o tratamento da doença. Aproveitando a presença da mulher nas unidades básicas de saúde em todos os atendimentos, inclusive enquanto a equipe de saúde dialoga sobre outras intervenções, potencializando dessa forma o seu papel de agente mobilizador.

As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais frequentemente. A vulnerabilidade feminina diante de certas doenças e causas de morte está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade que a situação com fatores biológicos. É importante considerar as especificidades na população feminina – negras, indígenas, trabalhadoras da cidade e do campo, as que estão em situação de prisão e de rua, as lésbicas e aquelas que se encontram na adolescência, no climatério e na terceira idade – e relacioná-las à situação ginecológica, em especial aos cânceres do colo do útero e da mama.




Fonte:

Caderno de Controle de Canceres do Colo do Útero e da Mama
INCA - Instituto Nacional de Câncer




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